Uma bela tarde com a bela Paula Fernandes




Como ninguém é de ferro e repórter também é gente, aceitei correndo a convocação que me foi feita pela revista "Brasileiros", onde também trabalho, para participar de uma entrevista com Paula Fernandes, a bela mineirinha que mais vende discos no Brasil.
Ainda ontem tinha acabado de fazer um pedido aos leitores para que contassem alguma história boa aqui no blog, que anda meio baixo astral ultimamente, na esteira do noticiário catastrófico dominante na grande imprensa.
Passar algumas horas na companhia desta moça na tarde de quarta-feira, no estúdio do grande fotógrafo Márcio Scavone, na Vila Mariana, me fez um bem danado.
Ao encontrá-la se preparando para dar início à sessão de fotos que duraria três horas, lembrei da primeira vez que a vi num palco, no Ginásio do Ibirapuera, em 2010, durante o show beneficente "Emoções Sertanejas", apresentado por Roberto Carlos, em comemoração aos seus 50 anos de carreira.
Assim como eu, muita gente nunca a tinha visto antes, e ficou encantada quando viu aquela figura brejeira de cintura fina e longos cabelos cacheados, cruzando as belas pernas e ajeitando o violão no colo para cantar ao lado do sanfoneiro Dominguinhos.
"Quem é essa?", perguntaram-se as pessoas ao meu lado, mais impressionadas ainda quando Paula soltou sua voz firme e ao mesmo tempo meiga.
Criada na roça em Sete Lagoas, Minas Gerais, Paula já estava na estrada há tempos _ começou a contar com 8 anos e gravou seu primeiro disco com 10 _ e tinha rodado o país se apresentando em rádios, rodeios e circos, havia gravado muitos discos, mas seu rosto bonito ainda era uma novidade para grande parte da plateia que lotou o ginásio.
Quem mais se empolgou com ela foi o próprio Roberto Carlos que naquela noite mesmo a convidou para participar do seu show de final de ano na Globo. A partir daí, a sua vida deu uma cambalhota e ela virou uma estrela.
Dois anos depois, Paula Fernandes apresenta em média 20 shows por mes no comando de uma trupe de 40 funcionários que rodam o país levando uma carreta com duas toneladas de equipamentos, um grande circo que é montado e desmontado todos os dias. Neste período. ela já vendeu mais de 3 milhões de discos.
A história completa da caminhada de Paula Fernandes de Souza, 28 anos, o maior fenômeno musical brasileiro dos últimos anos, será contada pela equipe de "Brasileiros" (Fernanda Cirenza, Alex Solnik, Nirlando Beirão e eu, com fotos de Márcio Scavone) na edição de janeiro.
Com corpo e pose de modelo, 1,65 de altura e 51 quilos, Paula é ligeira ao fazer as trocas de roupas. Profissional ao extremo, pede sugestões ao fotógrafo, ouve os assistentes, tem toda paciência do mundo para o resultado ficar bom. Sem toques de estrela, consegue ser mais bonita pessoalmente do que na televisão.
"Essa cinturinha fina não é fotoshop", brinca Scavone, quando Paula vai ver as fotos no monitor. Tem umas dez pessoas trabalhando na operação, mas tudo flui naturalmente, como se tivesse sido longamente ensaiado.
Cinco da tarde, hora marcada para a entrevista, gravadores ligados, Paula começa a contar sua vida de altos e baixos até chegar ao topo, com uma simplicidade comovente. Parece estar falando de outra pessoa, sem criticar ninguém, sem se queixar de nada, nem da dificuldade para encontrar o namorado, o dentista Henrique do Valle, que mora em Brasília.
Paula ainda mora com a mãe, dona Dulce, e um irmão, Nilmar, que cuidam da sua empresa, numa chácara nos arredores de Belo Horizonte. Quando lhe pergunto no final o que quer ser na vida quando crescer, ela ri gostoso, e responde na lata. "Quero ser igual a minha mãe".
 Fonte: R7