"O público está muito carente de espetáculo, e eu não vim a esse mundo para fazer nada mais ou menos." diz Paula Fernandes


Depois de fazer um show fantástico em Belo Horizonte estreando a nova turnê "Um ser amor", Paula Fernandes se apresenta em São Paulo nesta Sexta(14) e Sábado(15) no CitBank Hall.

A cantora cedeu ao G1 uma entrevista falando um pouco de seu show.
Confira:

G1 - Você ansiava por essa liberdade total de criar a turnê?
Paula Fernandes - 
Tudo vem na hora certa na vida da gente. Eu participei do meu jeito das outras, mas nessa eu pude entrar de corpo e alma, colocar a imaginação para fluir. Coloquei em prática meus sonhos. Meu show não se limita a música, é também de luz e efeito. Tem tecnologia, sem perder a simplicidade, que preservo muito. Tenho uma essência, sou mineira.
G1 - Fazendo uma produção maior ainda, após o problema com o cavalo no palco em 2013, você fica mais preocupada com imprevistos?
Paula Fernandes - 
Isso acontece com qualquer um. Tenho esteira no show. Aconteceu aqui [no show em BH] de dar um tropeçãozinho de leve. Eu sei que oferece risco. Estou bem consciente disso. Mas se eu não me arriscar por medo de alguma coisa, não vou fazer nada. Aconteceu esse tropeço, perguntaram se tinha machucado, mas não machucou. O passo tem que ser muito perfeito, porque a esteira não para.

G1 - Assistiu a algum show no exterior que foi referência?
Paula Fernandes - 
Eu não tive tempo. Assisti ao show da Shania Twain no dia do nosso encontro. Tem um cenário superelaborado também. Aconteceram algumas coincidências que as pessoas podem até dizer que eu copiei. Mas eu já vinha fazendo. Tem imagens da Lua, pedra, cachoeira. A gente é muito parecida. Aquele momento de ver o show serviu mais para mostrar que eu estava no caminho certo.
G1 - Como escolheu os objetos da infância?
Paula Fernandes -
 É muito presente na minha memória. Fizemos isso de uma maneira suave, bonita de ver. Fizemos uma réplica gigante da minha mão, de isopor com armação. Até brinquei: ‘Vai ficar um objeto quase alegórico’. Mas queria algo grandioso, que simbolizasse o coração. A reprodução tem perfeição incrível. Sei que algumas pessoas vão comentar que parece objeto de carnaval, porque é grande, mas ficou fantástico, enorme no palco.
G1 - Por que a produção tão grande?
Paula Fernandes - 
Foi uma necessidade pessoal. O público está muito carente de espetáculo, e eu não vim a esse mundo para fazer nada mais ou menos. Sempre vou criar alguma coisa, do meu jeito - que pode ser errado ou certo, o que é relativo. Não posso me limitar só a um telão chapado. Não conseguiria fazer isso mais. Meu telão é curvo.
G1 - Como compara esses shows de agora com cantar em bares no começo?
Paula Fernandes - Garanto que o amor é o mesmo. Eu amo o que eu faço, tenho verdadeiro prazer. Eu só não tinha condição de investir. Tudo era muito mais simples, a experiência menor. Mas o amor é o mesmo
Fonte: g1.com